quinta-feira, 3 de novembro de 2016

 - Quero você sem calcinha.
 Ela lentamente tirou a calcinha e deixou-a enrolada em uma das pernas. Vagina peluda e fofinha, mais parecendo um travesseirinho. Ficou parada sem dizer nada. Era minha. Eu devia conduzí-la.

 Peguei em sua bunda e apertei-a. Ela nada disse. Dei-lhe um tapa. Ainda estava em silêncio. Fiquei diante dela e, por algum momento, ela não olhou para mim.
- Olhe para mim.
Ela respondeu-me com um olhar impaciente e desafiador.
- Você não está aqui.
- Sou sua. Pode fazer o que quiser comigo, senhor.
Segurei seu pulso. Conduzi vagarosamente suas mãos até espalmá-las na parede. Estiquei seu braço.
- Vou trazê-la de volta!
Uma chibatada em sua bunda. Ela gemeu por um segundo.
- Seu corpo está aqui. Mas você não está! - expliquei-lhe.
Outras chibatadas, uma mais fote que a outra. Cada lambada era entremeada por uma pergunta minha.
- Está aqui? Cadê você? Voltou? Voltou para mim?
- Sim.
- Por que só a dor te impulsiona? Por que não pode ser meu amor?


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quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Contrato



"Aceita estrangulamento?"

"O quê?"

"Aceita que seja feito em você uma simulação de 'estrangulamento'"?

"E isso é BDSM?"

"Sim, há muito tempo."

"Não, não aceito." Ela ficou visivelmente nervosa neste momento. Suas mãos tiravam o cabelo do rosto por diversas vezes.

"Próximo item. Aceita 'fisting' nas sessões?"

"Aceita o quê?"

"Aceita 'fisting', durante as práticas?"

"O que é isso?"

"É quando eu introduzo toda minha mão na sua vagina!"

"Puta que pariu...", ela pareceu lembrar-se do que estava tratando ali e complementou "... senhor! Desculpe-me, eu não pude evitar!"

"Não me chame de senhor!", disse ele, depois inclinou-se em sua direção. "Nada de liturgias comigo. Eu não sou seu dono... ainda!"

Ela tornou a olhar os papeis. Tudo estava embaçado demais para que ela pudesse divisar o que ler. Eram as letras que estavam embaçadas ou sua cabeça?

"E então? O que vai dizer?"

"Não, não aceito."

"Aceita ser amarrada e amordaçada?"

"Sim."

"Aceita privação de sentidos? Entre eles estão a visão e a audição?"

"Aceito."

"Aceita ser chicoteada?"

"Aceito."

Ele parou de ler e olhou para ela por um longo tempo. O suficiente para que ela se incomodasse e perguntasse o que havia de errado.

"Meu amor, acho que você não está preparada ainda."

"É claro que estou, senhor, eu sou obediente e desejo aprender"

"Você não sabe o que significa ter sua pele ser queimada sob o estalo de um chicote. Talvez você nem saiba o que significa a real palmatória. O máximo a que se permitiu chegar foram os tapas inocentes dos namorados de escola. E a partir destes dados, achou que gostava disso. Quando for chicoteada de verdade, você vai querer parar no primeiro estalo. Quando ficar imobilizada, sem poder sair do lugar, vai pensar se foi mesmo uma boa ideia ter assinado este documento. Essa dúvida vai consumir você durante toda a sessão. E isso vai doer mais que o estalo de meu chicote."

"Mas eu sempre desejei isso!"

Ele levantou-se e foi até ela. Acariciou seu queixo.

"Eu também desejo isso, talvez mais que você, mas quero que pense mais no que vai fazer. Quero que saiba que isso será um casamento entre mim e você. Será a união perfeita entre o seu desejo de pertencer e o meu desejo de consumi-la. Eu não quero aventuras, você me entende? Eu quero sua total entrega, só isso."




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quinta-feira, 29 de setembro de 2016


"Não tenho mais!"
"Mas eu não ia te pedir nada!"
Silêncio.
"Que porra de vida é essa que ninguém tem nada pra dar pra ninguém?"
"Velho, relaxa. Eu não vou te pedir nada!"
"Então por que você veio com esse olhar pidão?"
"Tá bom, pensa o que quiser, caralho! Não vou discutir."
Silêncio.
"Essa música é muito foda! Né não?"
"Muito."
"Eu podia gostar mais dela, mas vieram aqueles filhos da puta do 'Nenhum de Nós' e fizeram um cover dela, daí fodeu de vez. Nunca foi a mesma coisa. Eu sempre vou lembrar daquele infeliz cantando: 'A lua inteira agora é um manto negro... oh, oh!', oh oh o caralho! Que foda! Acabaram com a música!"
"É mas eles fizeram Camila no ano anterior... e Camila foi uma puta música!"
Silêncio. Uma baforada e uma expirada no ar.
"Verdade. Camila foi uma puta música."
"Foi."
"Mas só também."
"É que você não seguiu os caras, não é fã deles."
"Eu não sou fã de banda que faz versão brasileira de música gringa."
"Ah, puta que pariu, isso é o mesmo que dizer que você não come comida italiana porque o macarrão vem da China. Tu é burro mesmo, hein cara?"
"Posso ser burro, mas sou purista!"
O outro se levanta. Sacode a poeira da bunda.
"Eu vou sair daqui, senão vou sair na mão com você", diz enquanto se afasta.
"Agora eu sei o que você ia me pedir!"
"O que?"
"Você ia filar meu cigarro!"
"Eu não fumo, velho!"
"Você ia filar meu cigarro!"

ALE GREG

terça-feira, 27 de setembro de 2016




"Bate."
Bati.
"Mais forte"
Bati mais forte.
"Mais forte!"
Olhei para seu bumbum. Um vergão vermelho já despontava dele. Bati ainda mais forte. Ela gritou.
E então algo aconteceu.
Um clique. Dentro de minha cabeça. Algo que fez-me deixar de ser eu mesmo e transformou-me numa besta, pronta para amar e sugar tudo de quem se submetesse a mim. Segurei a palmatória com força e lancei-lhe a palmada derradeira. O grito dela continha não apenas dor, mas também indignação.
Afastei-me para ver o que tinha acabado de fazer. A marca estava tão escura que fez-me achar que ali, em instantes, brotaria sangue.
"Doeu... ", ela ensaiou as palavras, "... demais!"
Untei minha mão de gel hidratante. O frescor do contato da lidocaína mentolada com as feridas fez ela gemer por um instante. O bálsamo pareceu também invadir sua alma.
Quis deixar-lhe bastante relaxada para o que viria a seguir.
"Onde está a sua atenção?", perguntei-lhe.
"Minha atenção? Em você!"
"Não! Quero saber em seu corpo. Onde está a sua atenção!"
"Na bunda. Doi muito."
Lavei minhas mãos e apanhei dois grampos presos a uma leve corrente. Apesar de haver uma borracha nas suas extremidades, os grampos eram extremamente apertados. Prendi-os, simultaneamente, nos seus mamilos.
"Aaaaiiii! Senhor!", gritou ela, "Tire isso! Tire!"
Eu gritei de volta de modo que ela pudesse me ouvir em meio ao seu tormento:
"Se eu tirar a sessão acaba!"
Sem resposta. Apenas gritos.
"Se eu tirar a sessão acaba!"
Ela não respondeu.
"Ótimo!", eu disse, "Onde está sua a atenção?"
Lamúrias. Estava ela chorando?
"Onde está a sua atenção?", repeti-lhe.
"No peito! No peito!", respondeu-me como se dissesse que algo a consumia e tivesse que ser tirado dela, imediatamente.
Coloquei um creme de vaselina na ponta de meus dedos. Agachei-me para ficar frente a frente com seu bumbum. O bálsamo em seu bumbum já havia secado, mas o aspecto dos vergões pouco mudara. Abri seu bumbum com as mãos e vislumbrei seu ânus e vagina róseos. Untei seu ânus de vaselina e introduzi nele rapidamente um plugue prateado brilhante que estava comigo. Seu ânus imediatamente rejeitou minha oferta. Refiz toda a operação introduzindo-o, desta vez, com mais calma. Antes de tirar meus dedos do plugue, eu lhe disse:
"Segure-o! Não o solte!"
Outro murmúrio.
Inclinei-me sobre ela. Seu rosto estava molhado, seu semblante, cansado.
"Onde está a sua atenção?"
Ela não me respondeu.
Tirei os plugues de seus mamilos e beijei sua boca quente.

ALE GREG

domingo, 4 de setembro de 2016


Depois de termos trepado feito dois coelhos ensandecidos, olhei para o espelho do teto e vi nossos corpos judiados na cama. Os cabelos dela estavam totalmente espalhados sobre o lençol. Passou-me a impressão de ser uma daquelas deusas de cabelos esvoaçantes que aparecem em fábulas medievais. Segurava os seios com um dos braços. Estendeu o outro para acariciar o pelo de meu peito. Não se importou com o meu silêncio. Ao contrário, parecia gostar dele. Sua mão foi descendo até meu pênis.

Encontrou-o extenuado, jogado de lado e esporrado, merecedor de um banho. Balançou-o com a mão e brincou com ele. Eu não soube dizer se ela zombava de mim ou simplesmente envolvia-se num solilóquio teatral no qual meu pênis era o ator.

"Olhe para mim! Veja meu estado deplorável! Veja no que me tornei!" dramatizava ela enquanto jogava-o para frente e para trás. "Sou um mendigo de amor, um misero apaixonado!" continuou.

"Quantas bonecas você tinha quando era criança?" perguntei a ela.

"Nossa, muitas! Eu tinha uma estante cheia delas."

"Imaginei isso." respondi, "E onde estão elas? Na casa de sua mãe?"

"Queimei todas."

"Mas por que?", a minha curiosidade era genuína.

"Preferi elas queimadas a ficar na mão de outra menina."

Voltou a concentrar-se no boneco em sua mão, agora ligeiramente mais encolhido que antes.


ALE GREG