quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Fiz o que ela me mandou. Abaixei as calças e cueca até o joelho e fiquei de pé diante dela. 
Ela parou de lixar as unhas e olhou pra mim por um segundo antes de voltar-se para sua frenética atividade.
- Ele tá murcho! - murmurou sem olhar para mim.
- Claro que tá! Você acha que eu ando de pau duro o tempo todo?
- Você não me entendeu! Ele não tá mole. Ele tá MURCHO! - disparou ela - Olha isso aqui!
Com seu indicador e médio ela apanhou a ponta dele e desgrudou-o do saco, levantando-o e esticando-o. Pensei por um instante em tirar sua mão dele, mas a ventilação súbita agradou-me.
- Um pau mole é bem diferente disso, Gustavo! Isso aqui beira uma necrose.
Soltou-o. Voltou a ocupar-se com suas unhas.
- Amor... faz uma gulosa pra mim, vai? - murmurei, sorrindo para ela - Ele vai ficar duro rapidinho!
- Você ainda não entendeu.
Levantou-se. A bunda branca contrastando com a calcinha preta encheu-me de tesão. Mas ela pareceu não ligar para meu novo estado de espírito, pois pegou sua mala e jogou-a, aberta, sobre a cama. 
- Eu fui bem clara com você quando vim morar aqui. - sua atenção agora estava em colocar suas peças de roupa dentro da mala - Pau mole eu até aceito, Gustavo. Mas pau murcho nunca! Pau murcho é inaceitável. Não existe mais amor! Você não tá vendo isso, caralho?


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