segunda-feira, 8 de dezembro de 2014


Cheguei ao balcão e chamei por ela. Uma atendente me levou até sua mesa, localizada no meio de tantas outras mesas. Lá estava ela com o telefone ao ouvido. Olhou para mim enquanto falava ao telefone.
- ... daí a senhora terá que dar entrada novamente no processo porque seu nome de solteira foi alterado... sim senhora... 
Olhou-me nos olhos mas não esboçou qualquer reação ao me ver. Limitou-se a explicar, calmamente, à interlocutora o curso do processo em que se encontrava. Esperei calmamente até ela desligar o telefone. Enquanto isso olhei em minha volta e notei que o ambiente não podia ser mais chato e austero. Mesas com telefones e um computador perfilavam-se numa estrutura organizada que lembrava muito um vídeoclipe do Pink Floyd. 
- Sim?
- Oi, eu sou o "marty202020" - diminuí a voz ao completar a frase - Do site de encontros!
Ela me olhou por intermináveis segundos. Cheguei a pensar que tinha dado um grande fora naquele momento. Mas era mesmo ela. O cabelo curto. O óculos preto. A boca entreaberta. Era ela.
- O que você veio fazer aqui? - perguntou-me por final.
- Como? A gente combinou de eu te encontrar aqui!
- Não. Não combinamos.
Suspirei. 
- Entendi. Por que você não me ligou ou mandou um recado antes? Daí me pouparia a viagem.
Deixei-a. Caminhei de volta ao corredor de elevadores decidido a nunca mais marcar um encontro pela internet sem confirmar antes por telefone.

No estacionamento, pouco antes de dar a partida no carro, fiquei olhando para o pára-brisas manchado do veículo. Tentando entender o que deu errado naquele encontro. Culpa minha? Ou dela? 
Toc, toc. 
Batida no vidro. Era ela.
Assim que entrou no carro, desafrouchou meu cinto e abaixou minhas calças, depois cuecas.
Segurou meu pau, já meio duro, com seus dedos finos de secretária e disse:
- Pinto lindo esse seu! 
E abocanhou ele. Chupou e chupou como se movida por uma carência que somente meu pau fosse apaziguar. 
- Pôxa gata! A gente podia ter descido juntos.
Ouvi um "poft" quando ela tirou meu pau da boca para me responder:
- claro que não! Não percebeu que isso tudo faz parte do jogo, gracinha? Primeiro eu dispenso, depois vou atrás toda acesinha pra conhecer meu novo "amigo"!
Passou os dedos em meu rosto. Dedos molhados. Havia esfregado sua xaninha durante todo a chupada e eu não tinha visto aquilo. Agora ela lambuzava meu rosto com seu mel. Parecia divertir-se com isso. Havia uma mancha na lente de seu óculos enquanto ela sorria para mim. Achei a visão dela naquele momento extremamente sexy e quis beijá-la naquele instante. Mas ao invés disso, descobri-me chupando seu dedo e desejando mais que tudo tirar sua roupa. 
Tentei apalpar ela por baixo da saia, mas ela não deixou.
- Não, bebê! Hoje quem te chupa sou eu!
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