quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Minha mão deslizou por seu ventre de mãe e chegou à calcinha. A renda machucando minha pele. Meu dedo inundado por seu mel. Vontade tê-la. Vontade que o beijo fosse mais que beijo e o abraço fosse insano. Minha mão era dela. Minha mão era ela. Apertei sua cintura. Apertei sua bunda.
Mas então ouvimos o barulho. 
E tudo parou. Fim da loucura. Reinício da vida.
E olhei para ela.
Vi a mulher de meus braços de volta ao computador. Vestido curto. Blusinha preta. Óculos austeros. Concentrada como nunca antes estivera. Olhou para mim de soslaio. Será que sorria.
Cheirei meu dedo. Cheiro de mel.

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